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URGENTE: Israel sob Chuva de Ataques e Cobertura Vergonhosa da Mídia

Israel teve de lidar com um fim de semana violento contra sua fronteira. Veja a cronologia dos acontecimentos e entenda porque a cobertura da mídia é simplesmente vergonhosa. Na sexta-feira à tarde, manifestantes palestinos lançaram…

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Israel teve de lidar com um fim de semana violento contra sua fronteira. Veja a cronologia dos acontecimentos e entenda porque a cobertura da mídia é simplesmente vergonhosa.

Na sexta-feira à tarde, manifestantes palestinos lançaram granadas, coquetéis molotov, bombas e pedras contra soldados do Exército de Israel (IDF) durante manifestações na fronteira de Gaza. Um oficial israelense foi ferido por uma das granadas. Um adolescente palestino também tentou quebrar a cerca da fronteira e invadir Israel. Dois atacantes palestinos foram mortos pela IDF em retaliação.

Israel também respondeu à violência atacando túneis e bases de treinamento do Hamas, no início da madrugada de sexta para sábado. Logo após, o Hamas disparou mais de 30 foguetes aleatoriamente contra a população israelense civil. No sábado, foram mais de 170 foguetes e morteiros lançados de Gaza. As comunidades israelenses foram colocadas em alerta de guerra e instruídas a passar a noite em refúgios anti-bomba. Três israelenses foram feridos quando foguetes atingiram uma casa e uma sinagoga na cidade de Sderot.

Hadas Parush/Flash90

Na noite de sábado, a IDF respondeu à chuva de foguetes lançando o seu maior ataque contra alvos do Hamas desde a guerra de 2014, alvejando dezenas de infra-estruturas militares. Uma delas foi um prédio construído para abrigar a biblioteca nacional palestina, mas que nos últimos anos fora usado como local de treinamento do Hamas. Dois adolescentes palestinos que estavam na área foram mortos, apesar da IDF ter mandado mensagens de alerta antes do ataque pedindo que as pessoas deixassem o local.

Após a retaliação israelense, o Hamas anunciou um cessar-fogo mediado pelo Egito. Israel respondeu que os acontecimentos em solo iriam determinar a continuidade de sua resposta. No entanto, na madrugada de sábado para domingo, 2 morteiros de Gaza atingiram o sul de Israel. Sem saber quem lançou os morteiros, Israel respondeu atacando o local de onde eles foram lançados, sem deixar feridos.

Apenas hoje de manhã, os residentes do sul de Israel puderam voltar à “vida normal”. Enquanto isso, a mídia veicula uma cobertura vergonhosa destes últimos acontecimentos.

O G1 poderia concorrer ao prêmio de manchete mais tendenciosa do ano com esta:

Israel não bombardeou apesar de trégua, Israel foi atacada apesar de trégua!

Já a GloboNews poderia concorrer (se não ganhar) ao prêmio de telejornal mais tendencioso do ano. O apresentador Sérgio Aguiar simplesmente se refere aos territórios israelenses como “territórios controlados por Israel”:

Mais de 100 foguetes foram lançados contra territórios controlados pelos israelenses e 40 ataques aéreos foram feitos por Israel contra Gaza.

Não, chamar territórios israelenses de “territórios controlados por Israel” não é a mesma coisa e muito menos confere um jornalismo justo e imparcial. Quando se fala em “territórios controlados por Israel” no contexto do conflito, é sempre relacionado a territórios em disputa, na Cisjordânia, ou territórios conquistados nas últimas guerras, mas que não são reconhecidos como Israel pela comunidade internacional, como Jerusalém oriental ou as Colinas do Golã.

Cidades israelenses que fazem fronteira com a Faixa de Gaza definitivamente não fazem juz a essa expressão, são cidades 100% israelenses. Quando o apresentador diz que foguetes foram lançados contra “territórios controlados”, é como se os palestinos não tivessem atacado uma nação soberana e legítima, dando assim mais “legitimidade” ao seu ataque.

O jornal O Globo fez 2 matérias sobre os eventos: em ambas há uma completa confusão na cronologia dos fatos e omissão de informações cruciais para o entendimento dos acontecimentos, o que torna as matérias completamente tendenciosas contra Israel.

Nesta matéria, o jornal confunde completamente dois ataques diferentes realizados pela IDF: Um na madrugada de sexta para sábado – em resposta à violência palestina na fronteira de Gaza, incluindo o lançamento de granadas e pipas incendiárias – contra túneis e bases do Hamas, sem deixar vítimas; Outro ataque no sábado à noite ao prédio que estava sendo usado como base de treinamento pelo Hamas, quando dois adolescentes palestinos morreram.

Toda a matéria se trata do primeiro ataque e insere a morte dos dois palestinos como se estes tivessem sido mortos apenas porque Israel resolveu revidar a violência do dia anterior. O jornal nem ao menos cita que mensagens de alerta para evacuação da área foram mandados por Israel antes do ataque.

A matéria “Hamas anuncia cessar-fogo em Gaza após espiral de ataques com Israel” que traz informações mais “gerais” dos acontecimentos no fim de semana, não fala que mais de 200 foguetes e morteiros foram disparados contra Israel de Gaza. Apenas diz que tudo aconteceu “ao mesmo tempo”.

O G1 e a Exame online noticiaram os acontecimentos com a mesma abordagem:

  • Sem mencionar a quantidade de foguetes disparados contra Israel de Gaza, ou que estes vieram antes do contra-ataque ao prédio em Gaza.
  • Sem mencionar a granada lançada contra o oficial israelense na sexta-feira.
  • Referindo-se aos foguetes que vêm sendo lançados nas últimas semanas como “esporádicos”.

No Jornal Nacional de ontem, o apresentador Alexandre Garcia diz:

Mesmo com o acordo intermediado pelo Egito, os disparos de foguetes continuaram dos dois lados da fronteira. O exército israelense afirmou que foi uma resposta a disparos palestinos.

Os disparos não continuaram dos dois lados apesar do cessar-fogo e muito menos com foguetes por parte de Israel. Israel foi atacado aleatoriamente com morteiros apesar do anúncio do cessar-fogo e em retaliação realizou um ataque aéreo específico ao local de onde os morteiros foram lançados. Uma apresentação pobre e irresponsável para um telejornal tão importante no Brasil.

A manchete do G1 para este episódio do Jornal Nacional deixou tudo ainda pior:

Violência de Gaza! Não em Gaza… Ou melhor, violência em Israel continua mesmo após cessar-fogo.

Outras manchetes desastrosas:

IstoÉ:

Apenas “bombardeios contra Gaza”, não haveria espaço para “e foguetes contra Israel”, não é?

Portal Terra:

Israel não precisou buscar uma justificativa para ter agido firme contra Gaza, as centenas de foguetes do Hamas foram o suficiente.

Concluindo…

Quase todos os veículos de mídia cobriram os eventos entre Gaza e Israel deste fim de semana, mas não encontramos um sequer que tenha dado ênfase – nem na manchete nem na matéria em si – ao fato de que a população civil israelense foi alvo de mais de 200 foguetes e morteiros lançados aleatoriamente contra ela. O alvejamento específico de instalações militares do Hamas em Gaza por Israel recebeu muito mais destaque.

Não foi levado em conta a ordem cronológica dos fatos;

Não foi destacado o fato de Israel ter realizado um ataque massivo ao Hamas apenas depois de ter sido atingido por horas com este número terrível de foguetes;

Não se noticiou sobre os avisos prévios que Israel manda que indicam os exatos lugares que serão bombardeados em Gaza para que os palestinos esvaziem o local;

Não é trazido à tona o fato de que se os palestinos em Gaza não estivessem tentando quebrar a cerca e invadir Israel, se não estivessem lançando pipas e balões incendiários contra as terras israelenses, se não estivessem lançando granadas, bombas e pedras contra a IDF, etc, nada disso estaria acontecendo.

E a mais triste de todas as considerações: se Israel não tivesse o sistema de defesa que tem para proteger sua população contra foguetes, quantas vidas perdidas teriam? E se isso acontecesse, será que finalmente o sofrimento israelense seria destaque na mídia?

 

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