Na última sexta-feira à tarde, um terrorista palestino atirou de Gaza contra o soldado Aviv Levi, de 21 anos, que participava de atividades operacionais na fronteira israelense com a Faixa. Aviv não resistiu aos ferimentos e faleceu algumas horas depois. Em resposta, o Exército de Israel (IDF) bombardeou mais de 60 alvos do Hamas, matando três de seus membros e um quarto palestino. De Gaza, foram lançados então, três foguetes contra Israel.
Israel destruiu três quartéis-generais do Hamas, lojas de armas e munição, campos de treinamento, postos de observação, centros de controle e escritórios militares. A IDF disse que também destruiu fábricas de armas, armazéns de drones, um poço de entrada para túneis e materiais de construção de infraestrutura subterrânea.
Após a meia-noite de sexta para sábado, o Hamas anunciou um cessar-fogo. Mas este, segundo seu próprio oficial, incluiria apenas a cessação de ataques com morteiros e foguetes, e não pipas e balões incendiários. No sábado de manhã, vários palestinos tentaram invadir Israel e em resposta, Israel bombardeou um posto de observação do Hamas. Durante o dia, palestinos lançaram mais pipas e balões incendiários contra solo israelense, incendiando partes do Kibbutz Nahal Oz, incluindo um estábulo onde a forte fumaça atingiu muitos animais.
No sábado à tarde, em represália ao incêndio no kibbutz, Israel atacou novamente outros postos do Hamas, incluindo depósitos de armas, centros de comando, centros de formação e postos de observação. Depois disso, os eventos cessaram.
As manchetes e matérias da mídia sobre os eventos:
O G1 e o Correio Braziliense usaram uma matéria da agência AFP completamente distorcida:
Apenas a Faixa de Gaza tem dia de calma? Não deveria a manchete dizer que Faixa de Gaza e Israel têm dia de calma? Ou será que a manchete quer passar a ideia de que só Gaza é atacada? O G1 ainda coloca “calma” entre aspas, como se nunca tivesse realmente um dia de calma em Gaza, vitimizando mais ainda o lado palestino.
Observem que a matéria não faz questão alguma de explicar a cronologia dos acontecimentos, ela simplesmente diz que uma “escalada de violência” matou quatro palestinos e um israelense, mas quem começou essa escalada de violência? O que levou à morte de cada um deles e quando isso ocorreu?
Manchete e matéria tampouco citam os ataques palestinos com balões e pipas incendiárias que aconteceram apesar do cessar-fogo, para a AFP e estes veículos, que não se importam em copiar uma matéria parcial e pobre em informações, apenas os ataques israelenses são explicitamente citados. E a informação de que não houve foguetes palestinos é falsa.
Ou: Israel e Hamas concordam em cessar-fogo após mortes em Israel e na Faixa de Gaza
E a Folha de São Paulo segue o mesmo estilo de meia-manchete:
Ou: Exército de Israel e Hamas concordam em cessar-fogo após ataques em Israel e em Gaza
Será que é tão difícil para a mídia fazer uma manchete balanceada que mostre os dois lados da história? É difícil se ater à cronologia dos fatos para que o leitor entenda melhor o que acontece na região? Por que a mídia omite ou fala tão pouco sobre os ataques palestinos?
Quando se trata do viés na mídia anti-Israel, as perguntas são intermináveis.