Um ataque terrorista realizado por dois palestinos no mercado Sarona em Tel Aviv deixou quatro mortos e inúmeros feridos na quarta-feira, 8 de junho. Alguns dos principais jornais brasileiros noticiaram o ocorrido colocando informações em destaque que simplesmente carecem de maiores esclarecimentos.
AS MANCHETES
Os jornais O Globo e Correio Braziliense carregam manchetes que chamam o atentado de “tiroteio”.
Mas será correto dizer que um “tiroteio” causou estas mortes?
Dois palestinos entram no café Max Brenner do mercado Sarona em Tel Aviv e são servidos por atendentes como quaisquer outros consumidores. Subitamente eles sacam armas e começam a atirar à esmo contra civis israelenses no local, causando quatro mortes. Após o ocorrido, a polícia chega ao local e prende os dois atacantes, um deles sendo baleado em tentativa de fuga.
Um ato de violência deliberado como este, levado à cabo intencionalmente contra civis pelo fato de serem judeus/israelenses não deveria ser tratado como um “tiroteio”, mas, no mínimo, um atentado terrorista.
O Correio Braziliense vai ainda mais longe e destaca em sua manchete a presença de unidade militar perto do local.
O ataque ocorreu no mercado Sarona, localizado perto da sede administrativa do exército Kiryah e do Ministério da Defesa. Apesar do ocorrido ter se tratado claramente de um ataque terrorista contra um alvo civil, ambos os jornais (O Globo em seu subtítulo) destacam a proximidade casual da área militar com o local real do ataque.
Frequentemente, a localização de um ataque terrorista, seja nos territórios disputados ou em uma base militar, é usada pela mídia para explicar ou mesmo justificar a violência palestina, mesmo quando as vítimas são civis israelenses.
Que fique absolutamente claro – o ataque terrorista no mercado Sarona visou civis e não agentes de segurança.
SARONA – ANTES COLÔNIA, AGORA MERCADO
O Globo finaliza sua matéria com a sessão “Combate ao Terror em Tel Aviv” que fala pouco sobre como combater o terror e explica que Sarona era “uma colônia estabelecida em território palestino no século XIX”. Nesta época, não existia o conceito de “território palestino”, conhecido atualmente. Havia uma terra sob controle turco-otomano, habitada por árabes e judeus, e conhecida por Palestina desde que assim foi batizada pelos romanos. Sarona foi uma colônia estabelecida por alemães, tomada por britânicos e entregue aos judeus em 1947, portanto, nunca pertenceu aos palestinos.