Aparentemente a mídia não consegue se decidir sobre como abordar os ataques palestinos contra israelenses.
Às vezes eles são “ataques isolados”, passando a ideia de que um extremista palestino não pode servir para generalizar todos os palestinos (de 1 em 1, são centenas de ataques desde setembro de 2015).
Às vezes, eles são vinculados de alguma forma à organizações terroristas para que o fato de o atacante ser palestino não importe tanto – a ponto de o jornal nem citar esta informação. Afinal, o atacante agiu por representar os interesses dessas organizações e não porque os palestinos são educados a odiar os judeus, certo?
Para entender, basta apenas olhar o “revival” do O Globo sobre o ataque dos dois palestinos terroristas em Tel Aviv que matou quatro israelenses no mercado Sarona, no início de junho.
Um ataque armado a um shopping aberto em uma área central de Tel Aviv deixou ao menos quatro mortos e sete feridos. Os dois atiradores do ataque, celebrado pelo Hamas, foram baleados e presos. Eles eram primos e, segundo autoridades israelenses, se inspiraram no Estado Islâmico, emboram não tenham recebido ajuda dos extremistas.
O objetivo é fazer um pequeno resumo, ok. Mas levando-se em conta que o assunto encaixa-se no contexto do conflito israelo-palestino, não seria muito mais importante do que citar que o Hamas (organização terrorista que declara abertamente a destruição dos judeus e Israel) celebrou o atentado, dizer que os dois atiradores em questão eram palestinos?
Mas eles se inspiraram no Estado Islâmico!
Sim, o Hamas e o Estado Islâmico pregam a destruição de Israel e dos judeus, assim como o incitamento palestino diário ao terror também prega a destruição de Israel e dos judeus.
Os atacantes não eram do Hamas, eles não eram do Estado Islâmico.
Eles eram simplesmente dois palestinos.