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Colunista do O Globo Defende UNRWA Usando a Farsa dos Milhões de Refugiados Palestinos

Na última sexta-feira, o jornalista e colunista Rasheed Abou-Alsamh escreveu para o O Globo uma matéria sobre “a maldade de Trump com os palestinos”, onde descreve os prejuízos do corte de Trump de parte do…

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Na última sexta-feira, o jornalista e colunista Rasheed Abou-Alsamh escreveu para o O Globo uma matéria sobre “a maldade de Trump com os palestinos”, onde descreve os prejuízos do corte de Trump de parte do financiamento à UNRWA, agência da ONU de ajuda a refugiados palestinos.

Enquanto um colunista pode trazer sua visão à respeito do conflito e governantes, é papel de um jornalista, e do jornal que o veicula, não deixar que informações falsas sejam passadas aos leitores. Mas nesta tarefa, ambos o jornal O Globo e Rasheed falharam.

Rasheed diz:

Falar que milhões foram obrigados a sair da Palestina depois que Israel foi criado é FALSO. Para começar, milhares de árabes em excelentes condições financeiras começaram a sair da Palestina ainda em 1947, para evitar a guerra. Outros milhares responderam aos chamados de líderes árabes para que “abrissem caminho” para os exércitos que aniquilariam os judeus. E mesmo juntando estes árabes com os que foram expulsos ou simplesmente fugiram do fogo cruzado durante a guerra, o número não chega a 1 milhão

Um censo do governo de Israel de 1949 contou 160 mil árabes vivendo nas áreas do país pós-guerra. Em 1947, eram 809.100 árabes na mesma área. Isso significa que não mais de 650.000 árabes palestinos poderiam ter se tornado refugiados.

De acordo com a UNRWA, os refugiados palestinos elegíveis para cadastro são todos os árabes originais que residiram na Palestina entre 1946 e 1948 e perderam seus lares como resultado da guerra, e todos os seus descendentes.

Notem duas coisas:

  1. Até mesmo os árabes que deixaram a Palestina voluntariamente antes da guerra explodir são considerados refugiados.
  2. Até hoje não foi colocado um limite de gerações, ou seja, o bisneto de um “refugiado palestino” que nasceu e cresceu no Brasil ou nos Estados Unidos também é considerado refugiado palestino, mesmo que ele nunca tenha pisado no Oriente Médio.

Falar em 7 milhões de refugiados palestinos espalhados pelo mundo é simplesmente loucura. É como dizer que eu, nascida em Israel e crescida no Brasil, sou uma refugiada da Polônia com direito à ajuda financeira do governo polonês, pois minha avó e seus pais fugiram da perseguição nazista na Polônia para o Brasil.

Ainda de acordo com a UNRWA, apenas um terço dos refugiados registrados ainda vivem em campos de refugiados. A maioria dos outros dois terços vive em cidades, vilas, aldeias ou outros países. Ou seja, até aqueles que se integraram em novos países, ainda são considerados refugiados.

Não é a toa que os refugiados palestinos são o único grupo de refugiados no mundo todo que continua “aumentando” a longo prazo:

  • Nada os tira o status de “refugiados”, nem a reintegração em um novo país.
  • Enquanto nenhum grupo de refugiados, segundo a lei internacional, considera seus descendentes como refugiados também, os palestinos podem, com o aval da UNRWA.

Aqui Rasheed afirma que um dos motivos pelos quais Israel está dificultando a paz com os palestinos é por ter boicotado a entrada de pessoas que boicotam o país, não só seu governo, mas também sua população civil e qualquer coisa que se relacione à Israel (artistas, produtos, profissionais de todas as áreas, israelenses ou simplesmente judeus vivendo em outros países perseguidos nas universidades, etc.). Além de o criador do BDS já ter declarado em público que eles jamais aceitarão a existência de um Estado judeu em quaisquer cantos da Palestina.

Barrar a entrada de pessoas que defendem a destruição do Estado judeu é criar obstáculos para o processo de paz? Isso é simplesmente loucura. Não faria mais sentido dizer que quem não está ajudando para o processo de paz é o próprio BDS e aqueles que boicotam a existência de Israel e seus “derivados”, em primeiro lugar?

Para pensar:

Rasheed diz:

Sem este apoio essencial, a vida dos refugiados palestinos vai virar um inferno de necessidade e doenças.

Por que não há essa mesma preocupação com cada população de refugiados no mundo (sem ser os palestinos), que estão todas juntas sob os cuidados da UNHCR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), e não têm uma agência da ONU própria para si?

Por que os 800 mil refugiados judeus de países árabes (e seus descendentes, que não se sabe qual número configurariam hoje) nunca foram acolhidos pela ONU? Nunca foram compensados pelos governos árabes? Eles foram simplesmente reinseridos em outras sociedades, em outros países e dali reconstruíram do zero, sem jamais terem sido chamados de refugiados.

É preciso pesquisar muito mais sobre a lei internacional, sobre a situação dos refugiados em geral no mundo todo, e, principalmente, entender que a história é muito mais complexa do que as informações apresentadas na mídia. Só assim conseguiremos evitar, ou pelo menos remediar, tanta hipocrisia.

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