Na sexta-feira 14 deste mês, três palestinos armados realizaram um ataque terrorista na Cidade Velha de Jerusalém, matando dois oficiais de polícia drusos israelenses. Os terroristas abriram fogo de dentro do próprio Monte do Templo e depois de atingirem os policiais, foram mortos pelas forças de segurança.
Uma filmagem do ataque mostra claramente que os policiais israelenses tinham as costas para o Monte do Templo. Para Israel, qualquer potencial ameaça viria de fora. Eles estavam protegendo a entrada do local.
Após investigações policiais do ataque, alguns dos portões do Monte do Templo foram reabertos com a instalação de detectores de metal, o que levou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a pedir um “boicote” do Monte do Templo em protesto.
De acordo com um porta-voz da polícia israelense, centenas de muçulmanos passaram pelos detectores de metal, apesar dos apelos de sua liderança. Do lado de fora, protestos palestinos continuaram ao longo da semana.
Na última sexta-feira, dois palestinos foram mortos em confrontos violentos com as forças de segurança israelense, enquanto um terceiro foi morto por sua própria bomba que explodira prematuramente, antes que ele a lançasse contra policiais. Na noite do mesmo dia, um palestino entrou na casa de uma família judia e esfaqueou um avô e seus dois filhos até a morte enquanto eles comiam o jantar de shabat e celebravam o nascimento de um neto.
O resumo de uma semana triste e conturbada…
Como se não fosse o bastante, a mídia passa a sua versão dos acontecimentos…
Ontem, dois telejornais da Rede Globo, ao abordarem a cobrança da ONU por uma solução para a “crise entre israelenses e palestinos”, deram explicações completamente falsas sobre como esta “crise” começou.
No Jornal Nacional, Bonner explica:
O impasse começou quando o governo de Israel instalou detectores de metal em torno da Cidade Velha, em Jerusalém, onde fica a Mesquita de Al Aqsa. Dois policiais tinham sido mortos a tiros no lugar. A medida provocou protestos violentos na última sexta-feira e seis pessoas morreram.
A instalação dos detectores não começou a “crise”, mas sim o ataque terrorista do dia 14 contra os policiais israelenses que levou o governo de Israel a tomar tal medida de segurança. O fato de Bonner citar que dois policiais morreram no local, sem mencionar a cronologia dos fatos, ou quem os matou, não faz a menor diferença para o entendimento do telespectador sobre qual acontecimento levou aos posteriores.
“Seis pessoas morreram”? O que é esta equivalência moral entre os palestinos e os israelenses que morreram em contextos completamente diferentes? A família foi atacada em sua casa enquanto jantava, e o telejornal a trata igual a manifestantes que foram mortos enquanto atiravam coquetéis molotov e gritavam pelo assassinato em massa de todo o povo judeu.
Vergonhoso…
Já no Jornal Hoje, o correspondente em Nova York, Fabio Turci, não soube distinguir um ataque terrorista de um “confronto”, e tampouco soube distinguir os atacantes de suas vítimas, colocando os policiais israelenses na guarda do local lado-a-lado com os terroristas que atiraram por suas costas:
Essa onda de conflitos começou no dia 14 desse mês, quando houve um confronto perto da Cidade Velha de Jerusalém que deixou três palestinos e dois policiais israelenses mortos.
Aparentemente, ambas as coberturas não têm interesse algum em fazer um jornalismo que se preze e explicar os acontecimentos como eles realmente ocorreram, deixando claro causa e consequência. A imagem que fica é a de que Israel está de volta na mira das acusações, envolvendo-se em “confrontos” com palestinos ou atiçando a ira palestina ao instalar detectores de metal sem motivos razoáveis para tanto.
A cobertura da mídia não dará foco no ataque terrorista que começou tudo ou, ainda, na preocupante questão de como armas poderiam ter sido trazidas para a área do Monte do Templo.
Muitos locais sagrados em todo o mundo, incluindo o Vaticano e Meca, estão sujeitos a verificações de segurança, que são infelizmente uma necessidade no mundo de hoje. Judeus e turistas que desejam visitar o Muro das Lamentações têm passado por detectores de metal e verificações de segurança há anos, sem queixa. É pedir muito que fiéis muçulmanos passem pela mesma segurança, para que o seu local de oração esteja igualmente protegido? Israel deixou claro que não pretende mudar o status quo que governa o Monte do Templo.
No entanto, a mídia foca nas tensões supostamente causadas por provocações israelenses em um local sagrado muçulmano. O fato de que esta nova onda de violência começou no momento em que terroristas palestinos abriram fogo e profanaram o local mais sagrado do judaísmo e um espaço sagrado para os muçulmanos também, será esquecido.
Em vez disso, a intransigência e as provocações palestinas fornecem à mídia a história que ela realmente quer.