A história é conhecida: a cidade israelense de Sderot foi mais uma vez atingida por um míssel lançado da Faixa de Gaza. Em resposta, o Exército de Israel atacou alvos do Hamas no território palestino.
Como o jornal O Globo reportou o evento?
Título: Destaque para a resposta de Israel como se Israel tivesse começado a ofensiva.
Aliás, “cidade no Sul” não explica ao leitor que se trata de uma cidade israelense.
Imagem: É claro, do contra-ataque de Israel em Gaza. Por que não uma imagem da queda do míssel em Sderot? Ou dos milhares de moradores tentando alcançar os refúgios em menos de 15 segundos?
A legenda “Fumaça sobe após ataque israelense contra Gaza” também carece da informação “contra alvos do Hamas em Gaza”, pois não foi um ataque contra alvos aleatórios na cidade, quem faz isto é o Hamas.
Texto: Assim como no título, começa dando destaque à resposta israelense.
O ataque à cidade de Sderot não recebe metade da atenção que a resposta de Israel recebe. Até mesmo o fato de que “segundo testemunhas” (sem nomes), uma pessoa ficou ferida na Faixa de Gaza, vem antes do que deveria ser a principal notícia: UMA CIDADE ISRAELENSE FOI ATACADA POR UM MÍSSEL DO HAMAS, e por isso Israel respondeu alvejando os terroristas.
Esta não é a primeira, nem a segunda vez que isto acontece, e infelizmente não será a última.
Mas enquanto os jornais continuarem com seu foco seletivo contra Israel, que cegam a população para os motivos pelos quais conflitos começam e quem os começa, terroristas continuarão tendo mais um motivo para lançarem mísseis contra Israel: a certeza de que a mídia os beneficiará na hora de reportar os eventos, pois eles sabem que Israel não deixa barato qualquer ataque contra sua população civil – e o país será criticado pela sua reação.
