fbpx

With your support we continue to ensure media accuracy

Sobre o Total Descaso dos Anti-sionistas com os Judeus

O debate sobre a analogia entre antissemitismo e antissionismo possui uma realidade prática nos Estados Unidos que um pouco de atenção a ela nos faria entender algo crucial: antissionistas podem dizer que não odeiam judeus,…

Reading time: 4 minutes

O debate sobre a analogia entre antissemitismo e antissionismo possui uma realidade prática nos Estados Unidos que um pouco de atenção a ela nos faria entender algo crucial: antissionistas podem dizer que não odeiam judeus, mas o seu racismo reside no total descaso com os judeus.

Um aluno da Universidade Stanford, na Califórnia, defendeu que dizer que os judeus controlam a mídia, os bancos, os governos e outras instituições sociais, não é antissemitismo, mas sim uma “válida discussão”. Já na Faculdade de Oberlin, em Ohio, um grupo de alunos judeus anti-sionistas publicou uma carta num jornal estudantil reclamando sobre o monopólio de alunos judeus sionistas da opinião sobre antissemitismo e antissionismo..

Estamos profundamente preocupados com a persistente confusão entre antissionismo e antissemitismo, que não apenas é anti-histórica e infundada, mas também desempenha um papel ideológico central na tentativa de minar a crítica legítima ao Estado de Israel. Essa confusão nos deixa, como judeus anti-sionistas, sem uma comunidade a quem recorrer quando experimentamos o antissemitismo.

E sobre o que consideram antissemitismo, colocaram:

Estamos de acordo com a definição de antissemitismo apresentada por Aurora Levins Morales, uma judia ativista pró-palestina. Ela escreve que o antissemitismo – escrevendo sobre os judeus europeus vivendo em meio ao cristianismo – funciona através da criação de ‘um grupo tampão vulnerável que pode ser subornado com alguns privilégios para gerir a exploração dos outros, e então, quando há pressão social, ele pode ser responsabilizado e tachado de bode expiatório.

Ou seja, o antissemitismo não seria o ódio histórico a judeu, mas uma conspiração da classe alta cristã européia que dava poder aos judeus para depois poder culpá-los quando algo dava errado com a classe subordinada.

Estes alunos simplesmente deram aval para os estereótipos do regime nazista: as charges de judeus controlando o mundo, e a ideia da culpa judaica pelos males da sociedade. E isto atinge alunos e professores das melhores faculdades atualmente – não somente nos Estados Unidos, 5 anos em uma federal brasileira foram mais do que o suficiente.  

O QUE MOSTRAM ESTES CASOS

Primeiro, o debate antissionismo/antissemitismo não mudará nada na mente de quem chame seu preconceito de “pensamento válido de discussão”. Segundo, se estes alunos judeus anti-sionistas enxergassem um pouco além de seus interesses veriam que a intolerância não faz exceções. Vejam a nota do editor no topo de sua carta:

Esta carta foi publicada na edição impressa na sexta-feira, 11 de março, que foi assinada pelos Estudantes Judeus da SFP. A SFP se abstém de ações ou cartas em nome de estudantes judeus, uma vez que é uma organização de solidariedade à Palestina.

Esses alunos são membros do SFP (Students for Palestine) – Estudantes pela Palestina. Mas a SFP fez questão de esclarecer que não se responsabiliza por nada que esses alunos digam ou façam – mesmo em nome do movimento -, pois eles são judeus, e a organização é solidária aos palestinos. Eis aqui uma organização pró-palestina deixando claro o que judeus anti-sionistas nunca confessarão: esta não é uma luta entre quem defende e quem recrimina a existência de Israel, mas entre judeus e aqueles que acham a sua presença/preservação/identidade nociva de alguma forma, em qualquer lugar do mundo.

Aqueles que acreditam que os judeus controlam o mundo (ou, o sionismo imperialista) não fazem distinção entre os judeus que apoiam Israel e os que não apoiam. Nazistas não faziam distinção entre judeus alemãos e alemãos judeus, Osama Bin Laden não fez distinção entre os cruzados-sionistas e os cristãos-judeus, Hezbollah não fez distinção entre Israel e a comunidade judaica de Buenos Aires, os representantes do Estado Islâmico presos no Brasil tampouco distinguiriam o judeu anti-sionista do sionista.

É irônico que nossos inimigos lembrem ao mundo constantemente que judeus e o Estado de Israel são ‘questões’ indissociáveis, mas aqueles que dizem estar ao nosso lado, teimam em defender que não se pode misturar as coisas.

O MOTIVO QUE LEVOU AO SIONISMO VAI DESAPARECER COM O FIM DO SIONISMO?

Sionismo significa a autodeterminação do povo judeu na Terra de Israel, ponto. Uma vez que os judeus tenham criado o Estado judeu em Israel, há as diferentes práticas de diferentes governos, e críticas direcionadas a essas práticas não são necessariamente uma manifestação de antissemitismo. Mas os anti-sionistas querem que o fim do Estado judeu seja considerado uma crítica legítima ao Estado (?) E querem que os palestinos sejam reconhecidos como povo e tenham um Estado próprio, mas os judeus não podem…

O sionismo foi concebido como uma resposta à questão do status dos judeus e à milênios de perseguição. Para os anti-sionistas, pouco importa encontrar uma resposta/solução para a questão judaica que leve em conta as aspirações ou a segurança básica dos judeus. Eles apenas reconhecem que se Israel desaparecesse, os judeus teriam de enfrentar um problema como judeus, mas isso não é da conta deles.

Os cinco alunos judeus querem ter uma comunidade “a quem recorrer” caso experimentem o antissemitismo, mas não se importam se esta comunidade será mais uma vez uma minoria anômala, vulnerável à perseguições.

Anti-sionistas podem prometer que os judeus estarão a salvo como minorias em outros países, mas Israel existe porque os judeus aprenderam que não dá para confiar nessas promessas.

 

Red Alert
Send us your tips
By clicking the submit button, I grant permission for changes to and editing of the text, links or other information I have provided. I recognize that I have no copyright claims related to the information I have provided.
Skip to content