No final da tarde de sexta-feira, palestinos esfaquearam e atiraram contra israelenses em ataques combinados em Jerusalém. Eles conseguiram assassinar a oficial de polícia de 23 anos, Hadas Malka, antes de serem finalmente mortos pela polícia, enquanto ainda estavam atacando.
Como as manchetes brasileiras noticiaram o caso:
Não houve uma única sequer manchete que tratasse a policial Hadas e os israelenses feridos como as verdadeiras vítimas e os atacantes como aqueles que perderam suas vidas por consequência de suas ações terríveis. É vergonhosa a tamanha vitimização dos terroristas palestinos na mídia brasileira, e também na internacional. A BBC inglesa, logo após o atentado, twittou o seguinte:
Três palestinos são mortos após esfaqueamento mortal em Jerusalém.
O título chocante da BBC levava o público a pensar que os palestinos foram esfaqueados. A única certeza que dava é que três palestinos haviam sido mortos – não que fossem terroristas que haviam acabado de assassinar um israelense e estavam tentando matar outros. Após intervenção, vejam só, do primeiro-ministro Netanyahu e do filho de Trump, a BBC mudou sua manchete e deletou o tweet original, mas a questão permanece: por que o caso foi reportado daquela forma em primeiro lugar?
O que vemos, quando se trata de ataques em Israel, é que terroristas palestinos, não importa o que façam, estarão sempre sob a luz dos holofotes para aparecerem como vítimas de uma “opressão” israelense. Enquanto quando os mesmos ataques ocorrem na Europa ou nos EUA, nós não só vemos as verdadeiras vítimas em foco, como também os atos dos atacantes sendo tratados como terrorismo.
Dois pesos, duas medidas, até quando?
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Que Hadas Malka descanse em paz.
Imagem: Yonatan Sindel/Flash90