A aliança entre organizações não governamentais (ONGs) anti-Israel e a imprensa é claramente evidente no relato da AFP divulgado pelo G1, “Unicef alerta para alto número de menores palestinos mortos por Israel”.
Vinte e cinco crianças e adolescentes palestinos morreram nos últimos três meses do ano de 2015, em meio à onda de ataques com facas contra civis e militares israelenses, afirma um relatório do Unicef divulgado neste sábado.
O Unicef manifestou ‘muita inquietação pelo uso excessivo da força’, particularmente em casos de ‘meninos palestinos mortos pelas forças de segurança israelenses depois de atacar ou da suspeita de ataques com uma faca’.
‘Vinte e três menores (19 homens, quatro mulheres) morreram na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e dois na Faixa de Gaza’, afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância no documento. No mesmo período, ‘três jovens israelenses foram feridos nas proximidades das colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Ocidental em Israel’, completa o relatório.
Enquanto o relatório é creditado à UNICEF, a AFP falha ao não notificar que se trata de um boletim trimestral produzido por um grupo de trabalho liderado pela UNICEF, que inclui uma variedade de ONGs com histórico de atividades políticas contra Israel:
- Defense for Children International – Palestina
- B’Tselem
- Médicos do Mundo – Suíça
- Palestinian Centre for Human Rights
- Save the Children
- War Child Holland
- Visão Mundial
- Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA)
- Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR)
- Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
- Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
- Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA)
- Serviço de Ação Anti-Minas das Nações Unidas (UNMAS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
Há pouca pretensão de se apresentar uma cobertura imparcial, tanto do relatório em si quanto da AFP. Em vez disso, Israel é retratado como um assassino de crianças palestinas:
Das 23 crianças palestinas mortas, 22 foram mortas pelas Forças de Segurança israelenses com munição de verdade e uma por colonos israelenses; nenhuma prisão foi feita ou acusações emitidas em relação a uma dessas mortes até agora.
Prisões ou acusações só seriam realizadas em caso de ações criminosas. O relatório da UNICEF, no caso, supõe que qualquer israelense que matou um palestino entre os 12 e 17 anos de idade, cometeu um ato criminoso.
AFP diz:
O Unicef cita o caso de uma jovem de 17 anos que morreu ao ser atingida por pelo menos cinco tiros depois de passar por uma revista em um posto de controle na área de Hebron, sul da Cisjordânia.
‘As autoridades israelenses afirmam que ela tentou esfaquear um policial, mas uma testemunha disse que não representava nenhum perigo quando foi baleada e gritava que não estava com nenhuma faca’, afirma o relatório”.
A implicação aqui é a de que uma menina palestina indefesa foi levada e depois baleada sob custódia da IDF. E com base em uma declaração de uma “testemunha” (provavelmente um palestino).
Como a história foi relatada no dia pela imprensa israelense:
Uma terrorista tentou esfaquear oficiais da Polícia de Fronteiras na entrada para o Túmulo dos Patriarcas, em Hebron, domingo após despertar suspeita nos oficiais.
A mulher estava esperando para entrar no local santo, mas estava agindo de forma suspeita. Ela foi pedida por identificação, mas de repente tirou uma faca e começou a caminhar em direção à polícia, enquanto gritava com eles.
Os policiais dispararam contra a mulher, que foi morta. Ela não conseguiu ferir ninguém.
Alguém de 17 anos de idade, armado com uma faca, é realmente uma “criança” no sentido mais puro da palavra? Será que as Forças de Segurança israelenses viram uma criança inocente quando atiraram? Claro que não e não seria esperado que questionassem a idade da agressora no meio de um ataque terrorista.
AFP continua:
o Unicef denunciou que no fim do ano passado, ‘422 menores com idades de 12 a 17 anos, entre eles oito mulheres, estavam detidos em unidades militares israelenses’. ‘É o número mais elevado desde março de 2009’, destacou o Unicef.
Talvez a real preocupação devesse ser o número de jovens palestinos que estão envolvendo-se em atos de terror ou violência contra soldados e civis israelenses. A UNICEF não deveria estar manifestando preocupação com o incitamento palestino em plataformas de mídia social como Facebook e Twitter, que está incentivando estes jovens a pôr em perigo suas próprias vidas e as vidas dos outros?
Mas nem o relatório da UNICEF nem a AFP estão preparados para incluir uma alternativa ao libelo de sangue de que Israel está simplesmente e criminosamente matando crianças palestinas.
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Image credit: Knife vector via Vecteezy!
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